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Culturas-Educação

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Ritos e Mitos

A religião tradicional timorense implica um certo monoteísmo. Deus, Marômac, não é habitualmente objecto de culto, sendo este dirigido aos espíritos dos antepassados e aos lulik, objectos que por determinados motivos são considerados sagrados. Estes são guardados nas uma-lulik. Não existem templos, pois a Natureza é o templo de Marômak, o seu dono. Existem representações dos antepassados. O culto consiste em sacrifícios chamados estilos.

Contos Populares

Timor tem uma forte tradiГ§ГЈo oral. As histГіrias passam de boca em boca, normalmente atravГ©s dos velhos, os catuas. Muitas destas histГіrias populares caracterizam-se pela imaginaГ§ГЈo que carregam Г  mistura com pedaГ§os de realidade. Algumas pretendem ter um ensinamento moral, outras servem apenas para distrair. Sem tradiГ§ГЈo de escrita, Г© assim que a educaГ§ГЈo e o conhecimento do passado vГЈo sendo ensinados aos mais novos e a sua imaginaГ§ГЈo exercitada. Muitas vezes as personagens sГЈo gigantes, cobras, lagartos e outros animais da mitologia timorense, figuras da realeza, etc. Alguns contos sГЈo em verso, acabando muitas vezes por serem cantados em vez de contados.

Música

A música, extremamente ligada à dança e às cerimónias religiosas, retracta a vida do Timorense. Os músicos timorenses usavam e usam a música para expressar a sua alegria ou sofrimento, para incutir valores e registar a sua história.

Os principais instrumentos utilizados são o violino, a viola, o tambor, os gongos, flauta de bambu, o corno de búfalo, ou korneta. O kakei, que noutros sítios é conhecido por harpa judaica.

Artesanato

Timor é muito conhecido pelo seu artesanato e, embora a cestaria e os panos sejam os mais conhecidos, a sua arte está longe de se esgotar nelas. Os timorenses são um povo de artistas, seres multifacetados que revelam aptidões nos mais diferentes domínios.
As imagens (visuais ou simbólicas) constituem um sistema de comunicação comum, código através do qual todos se entendem.

Literatura

Os timorenses têm formas de expressão próprias: umas antigas, transmitidas oralmente de acordo com a tradição étnica, outras reveladas pela escrita. Tentar fazer uma elencagem de escritores e textos timorenses é uma tarefa que não se apresenta fácil, pois as publicações são díspares geográfica e linguisticamente. Além disso, existem possivelmente inúmeros “ textos na gaveta” e só agora, com condições mais favoráveis no território, se vai tornando possível tomar consciência da verdadeira dimensão da literatura Timorense e vê-la desabrochar.

Danças

O Timorense é dotado de um sentido de sociabilidade muito profundo. Gosta de conviver, de ser prestável e amigo. Como vive em aglomerações dispersas, faz por nunca perder as ocasiões que encontra para se reunir com os outros, seja para trabalho, seja para festas.

Arquitectura

A arquitectura timorense apresenta grande diversidade. As casas das montanhas são cónicas, outras têm um beiral elíptico quase rente ao chão. Outras ainda, são rectangulares ou quadradas, compostas por três ou quatro águas. Variam quase de povoação em povoação e dentro destas.

Organização Social

A família é a forma a partir da qual se edifica toda a estrutura social Timorense.
O casamento e com ele o barlaque, têm um complexo código de direitos e deveres que visam dificultar a sua dissolução. O noivo e a sua família, pagam um valioso dote à família da noiva, tentando compensar materialmente a perda de um elemento valioso e activo. A livre escolha do noivo ou noiva é limitada por regras precisas, que visam manter a riqueza em dotes dentro de determinada região, ou mesmo entre dois clãs familiares.

Religiosidade Popular

Timor, até à chegada dos missionários, era animista. O animismo timorense é uma forma de agir que não faz distinção entre pessoas e coisas. Depois de 1515, os missionários conseguiram uma síntese entre as duas crenças, que ainda hoje sobrevive. De facto, os timorenses dizem-se conquistados pela fé e não pela espada.

 
 
 
 

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